Uma má combinação entre o sangue de uma mulher grávida e o do seu filho, relatividade ao grupo sanguíneo Rh (factor Rhesus).

Em certas circunstâncias, esta incompatibilidade pode levar à doença hemolítica do recém-nascido.


Causa
Os grupos sanguíneos são determinados por substâncias, chamadas factores, localizadas na superfície dos glóbulos vermelhos sanguíneos, que diferem ele indivíduo para indivíduo. O agrupamento mais conhecido é o sistema A, B, O. O sistema Rh (identificado primeiro nos macacos Rhesus) foi descoberto no princípio do século. Consiste em diversos factores, um dos quais (factor D) é a causa mais importante da incompatibilidade Rh. As pessoas podem ter sangue que é Rh positivo (transporta o factor D no sangue delas) ou Rh negativo (que não o transporta). Ter um sangue positivo ou negativo é determinado pelos genes (isto é, é um traço característico herdado).

A incompatibilidade Rh surge apenas quando o sangue ele uma mulher é Rh negativo e o sangue elo seu bebé é Rh positivo. Isto só pode suceder se o sangue do pai do bebé for também Rh positivo. Usualmente, não há problemas durante a primeira gravidez de uma mulher com um bebé cujo sangue é Rh positivo. No entanto, o bebé pode sensibilizar a mulher para o sangue Rh positivo. Se ela tiver uma subsequente gravidez com um bebé Rh positivo, há um risco de doença hemolítica do recém-nascido. Uma mulher cujo sangue é Rh negativo pode também ser sensibilizada se lhe for feita uma transfusão de sangue Rh positivo.


Incidência
Entre os indivíduos de raça branca, estima-se que cerca de 1 pessoa em 6 tem sangue Rh negativo; em cerca de uma gravidez em 11, o sangue ela mãe é Rh negativo e o sangue elo bebé é Rh positivo.

No passado, a doença hemolítica do recém-nascido era uma causa vulgar de nascimentos de crianças monas e de uma condição grave do feto, chamada eristoblastose fetal, na qual a destruição dos glóbulos sanguíneos do feto leva a uma doença grave ou mesmo à morte. A doença hemolítica do recém-nascido, devida à sensibilização ao Rh está a tornar-se rara, principalmcnrc devido ao desenvolvimento da imunoglobulina anti-Rho (D). Se esta for dada por injecção a uma mulher dentro ele 72 horas após o parto, ela evita 99% da sensibilização por Rh.

Além disso, a imunoglobulina anti-Rho (D) é dada a mulheres após aborto, involuntário ou voluntário, amniocentese ou qualquer outro procedimento que possa resultar na exposição da mãe aos glóbulos sanguíneos do feto. A imunoglobulina anti-Rho (D) é também geralmente dada às mulheres com sangue Rh negativo e que estão no sétimo mês de gravidez.

A injecção contém anticorpos contra o factor Rh, que destroem quaisquer glóbulos sanguíneos do bebé que possa ter entrado na mulher antes de terem tido a oportunidade de a sensibilizar.

A incompatibilidade Rh é menos comum nas famílias negras e orientais do que nas famílias brancas, devido à comparativa raridade do grupo sanguíneo Rh negativo nos não-brancos.


Diagnóstico e tratamento
O grupo sanguíneo de uma mulher grávida deve ser determinado na sua primeira visita pré-natal. Nas mulheres que têm sangue Rh negativo é pesquisada a existência de anticorpos anti-Rh, nessa visita e nas subsequentes. A condução da gravidez e do parto, se se verificar a presença de anticorpos e houver um risco para o bebé, será aquela que é descrita relativamente à doença hemolítica do recém-nascido.

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